En vísperas del difícil encuentro con el Celtic de Glasgow, un acertado análisis de nuestro admirado Pedro Ribeiro

Para um clube com poucos recursos mas muita ambição e habituado a ter jogadores a que teoricamente a sua bolsa não permitiria chegar, gerir a pré-época não é nada fácil. Se perguntássemos a Domingos (ou a Salvador ou a F.Couto) se gostariam de ter Aguiar, Viana e/ou Renteria, não tenho dúvidas de qual seria a resposta.

A questão é: será que a expectativa de ter estes (ou um destes) jogadores, prejudicou o desenho do plantel? É que das duas uma: ou a ideia seria esperar pela definição desta pré-eliminatória e só depois avançar para a(s) contratação(ões) ou, na verdade, deixámos o plantel coxo, esperando já ter nas nossas fileiras jogadores que se sabia ser muito difícil atingir, quando se calhar haveria outros mais acessíveis.

A verdade é que a tarefa da SAD não é nada fácil e qualquer que fosse a sua postura, estaria sempre sujeita a críticas. Reparemos em algumas críticas relativamente à renovação de Meyong. Se calhar também eu preferiria ter cá Renteria e não ter renovado com o camaronês. Mas quem diz que se não tivéssemos assegurado Meyong, teríamos conseguido Renteria desde logo? Quem garante que hoje não estariam outros (ou os mesmos) a criticar a SAD por não ter assegurado Meyong, não tendo por certo Renteria ou outro ponta-de-lança?

A verdade, nua e crua, é uma só. Para um clube como o nosso, com parcos recursos para as suas ambições, ultrapassar pré-eliminatórias de competições europeias não é fácil porque dificilmente, pela altura em que os jogos se disputam, os plantéis estão definitivamente constituídos. As "trutas", normalmente, conseguem-se mais próximo do fecho do período de transferências, quando grandes clubes se vêem obrigados a ceder ao desbarato os seus excedentes.

Temos de fazer das fraquezas forças e jogar com o que temos. Como dizia uma célebre personagem do contra-informação, é a vida...

PEDRO RIBEIRO

Moderador Global de Superbraga.com