Medalla de Honor de la ciudad de Setúbal para el ex entrenador del Braga, el histórico Fernando Vaz
16 sept 2010
Fernando Vaz é considerado um dos melhores treinadores portugueses da história do futebol português. Homem de grande inteligência e muito culto dedicou-se ao longo da vida a muitas actividades, quer ligadas ao desporto que tanto apreciava, como futebolista, treinador, sindicalista ou jornalista, quer em noutros ramos, como o bancário, comerciante ou político.
Nasceu no dia 5 de Agosto de 1918, em S. Paulo de Benguela, Angola, a colónia portuguesa onde seu pai, desde muito novo, desenvolveu uma actividade empresarial ligada ao comércio da borracha. Com apenas 16 anos de idade foi trabalhar para o Banco Lisboa & Açores, colocado no sector da correspondência com o estrangeiro, pois dominava bem o francês e o inglês. Já nesta altura, a paixão pelo futebol era patente em Fernando Vaz que desde muito novo jogou nas equipas casapianas.
As suas qualidades futebolísticas foram descobertas pelo técnico Artur John, um dos melhores treinadores a trabalhar em Portugal e com apenas 17 anos de idade integrou a equipa principal do Casa Pia AC, uma das mais poderosas formações do futebol português naquela altura.
Com apenas 22 anos de idade colocou um ponto final na carreira de futebolista, pois as exigências como empregado bancário aumentavam significativamente e conciliar o trabalho com o futebol era cada vez mais difícil. A grande fonte do saber, o mestre onde repetidamente buscava todos os ensinamentos, era o saudoso Cândido de Oliveira, personalidade com quem Fernando Vaz privava regularmente.
Aos 26 anos deixa o Banco e aventura-se no negócio, tornando-se gerente de uma casa comercial em Lisboa. Apenas dois anos depois o negócio faliu e Fernando Vaz perdeu o emprego. Nesta altura, já Fernando Vaz dava asas aos seus dotes de jornalista. Era colaborador e escrevia com regularidade na secção desportiva do Diário de Lisboa e na extinta revista desportiva Stadium.
Desempregado, Fernando Vaz é então convidado, em 1946, por Cândido de Oliveira para integrar o grupo de redactores do Jornal A Bola. Começa então a escrever nesse conceituado jornal desportivo onde chegaria, uns anos depois, a ser chefe de redacção.
A partir da temporada de 1947/48 abraça também a carreira de treinador. Cândido Oliveira reconhecia em Fernando Vaz a aptidão e capacidade necessária para treinar uma equipa de futebol do mais alto nível. Assumindo a função de treinador da equipa principal do Sporting CP, Cândido Oliveira convida o discípulo Fernando Vaz para ser seu adjunto e, simultaneamente, secretario técnico da equipa leonina.
Em Alvalade vive-se o período áureo da história do Sporting CP, a fase dos famosos cinco violinos, altura em que a equipa leonina vence os campeonatos nacionais de futebol de forma quase consecutiva.
Em 1947/48 e 1948/49, Fernando Vaz, como adjunto de Cândido de Oliveira vence consecutivamente o Campeonato Nacional da 1ª Divisão, juntando-lhe na primeira das referidas épocas, ainda, uma vitória na Taça de Portugal.
Os sucessos consecutivos no Sporting CP, com vários treinadores, abriram-lhe as portas de uma carreira a solo. A sua primeira experiência como treinador principal vai acontecer na época de 1951/52 quando é contratado pelo CF Belenenses para substituir o técnico Augusto Silva.
Ainda no final da temporada de 1951/52 o treinador Fernando Vaz vai assumir os destinos do Vitoria de Setúbal, naquela altura a militar na 2ª Divisão Nacional, com o objectivo de voltar ao primeiro escalão do futebol português. A Setúbal voltaria uns anos mais tarde, mas entretanto, voltou ao CF Belenenses para comandar a equipa no Campeonato Nacional da 1ª Divisão da temporada de 1952/53, classificando-se novamente com os mesmo pontos do FC Porto, mas agora com a equipa do Restelo no 3º lugar, enquanto a equipa nortenha ficou pela 4ª posição.
Fernando Vaz revelou sempre, ao longo de toda a carreira, ser um homem aliciado por novos projectos e grandes desafios. Nunca foi pessoa de se acomodar aos resultados ou estatutos alcançados. Guiou a modesta equipa do SC Braga a uma temporada de grande nível, terminando o Campeonato Nacional da 1ª Divisão em 5º lugar e exibindo um futebol espectacular.
Alem de um regular desempenho e grandes exibições, no SC Braga de 1953/54 destacam-se as goleadas, sensacionalmente, impostas ao SL Benfica por 5-0 e ao CF Belenenses por 7-0 na principal competição nacional. Com os êxitos a sucederem-se, logo surge uma nova oportunidade na sua carreira. Fundamental, novamente, o mestre Cândido de Oliveira, seleccionador nacional, que vai escolher Fernando Vaz para ser o treinador de campo da Selecção Nacional de Portugal.
Mais uma prova de confiança de Cândido Oliveira no seu discípulo predilecto. Em 1954/55 assumiu os destinos do FC Porto. Todavia, problemas internos obrigaram à sua saída no meio da temporada.
Entretanto, nessa época de 1954/55 o Vitoria SC é relegado à 2ª Divisão Nacional. Fernando Vaz, um estudioso do futebol, tinha na vertente psicológica, na forma como mentalizava e galvanizava os jogadores, um factor basilar em momentos de crise. Sabia construir muito bem as suas equipas, sempre pautadas por um futebol inteligente e apoiado no passe curto.
As suas equipas eram sempre muito racionais e meticulosas em todas as acções. Primavam por ocupar devidamente todo o terreno de jogo de modo a encurtar, o máximo possível, os espaços livres onde o adversário pudesse jogar. No CF Belenenses de 1958/59 fica no 3º lugar do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, para na época seguinte de 1959/60 regressar, finalmente, ao Sporting CP, agora na condição de treinador principal. O regresso de Fernando Vaz a Alvalade não foi, todavia, muito feliz.
A meio da temporada, depois de um empate em casa frente à Académica de Coimbra, o treinador foi demitido, numa altura em que nada estava decidido quanto à atribuição do título de campeão nacional. Foi substituído em Alvalade por Mário Imbelloni.
Dá-se depois o ingresso no Vitoria de Setúbal na época de 1964/65, clube onde permaneceu durante 5 temporadas consecutivas, tornando a equipa sadina numa das melhores de Portugal. No Campeonato Nacional da 1ª Divisão, o Vitoria de Setúbal nunca se classificou abaixo do 6º lugar, posição que obteve apenas na primeira temporã de Fernando Vaz em Setúbal.
Em 1968/69 foi o 4º colocado, enquanto nas épocas de 1965/66, 1966/67 e 1967/68 foi sempre o 5º classificado na principal competição portuguesa. Mas seria na Taça de Portugal que o Vitoria de Setúbal de Fernando Vaz se tornou verdadeiro especialista.
Nas quatros primeiras temporadas em Setúbal, entre a época de 1964/65 até 1967/68, o Vitoria de Setúbal chegou sempre a final da prova.
Perdeu em duas ocasiões, com o SC Braga, por 0-1 e com o FC Porto, por 2-1, mas venceu as inesquecíveis finais da Taça de Portugal das temporadas de 1964/65 e 1966/67.
Na primeira delas derrotou, surpreendentemente, o super favorito SL Benfica, por 3-1, enquanto que na época de 1966/67, o Vitoria de Setúbal derrotou a Académica de Coimbra, por 3-2. Esta notável historia que Fernando Vaz escreveu ao serviço do Vitoria de Setúbal ficou para sempre gravada nas épocas de ouro da popular equipa setubalense, de tal forma que, frequentemente, o técnico é alvo de várias homenagens, mesmo a título póstumo. Alem destas competições, o Vitoria de Setúbal de Fernando Vaz, teve ainda brilhantes presenças nas competições europeias de clubes e venceu troféus internacionais de grande relevo, como foi o caso, do Taça Costa Verde, em Gijon, Espanha, na época de 1964/65, a Taça Ibérica, em Badajoz, Espanha, e o conceituado Troféu Teresa Herrera, na Corunha, na temporada de 1967/68.
Também em 1967/68 a equipa setubalense venceu a Taça do Tejo, competição organizada pela A.F. de Lisboa e o Troféu Internacional Titanic, na Califórnia, Estados Unidos da América, na época de 1968/69.
Deixou Setúbal no final da época de 1968/69 para regressar novamente ao Sporting CP. Para isso, recusou propostas financeiramente bem mais vantajosas vindas de clubes espanhóis, que pretendiam contratar os serviços do técnico português, como eram o caso do Atlético Madrid, Valência FC, Valladolid, U. Las Palmas, Real Mallorca, Deportivo da Corunha e o Espanhol de Barcelona.
No Sporting CP conseguiu novamente títulos e finalmente, como treinador principal, conseguiu conquistar o ceptro de campeão nacional, vencendo o Campeonato Nacional da 1ª Divisão na época de 1969/70. Esta conquista era um feito deveras assinalável, pois raros eram os treinadores portugueses que tinham conseguido tal proeza.
Na época de 1976/77 volta a treinar o Vitoria de Setúbal, conseguindo mais uma meritória classificação para a equipa setubalense com um 6º lugar na classificação geral. Ainda inicia a temporada de 1977/78 à frente dos destinos da formação sadina, mas devido aos maus resultados foi substituído por Carlos Cardoso.
Permanece à frente dos destinos da equipa madeirense no início da temporada de 1978/79, mas acaba por ceder o seu lugar a Manuel Oliveira no decurso da época.
Com saída do CS Marítimo encerra a carreira de treinador de futebol e volta-se então, novamente, a tempo inteiro, para o jornalismo, ingressando outra vez no Jornal A Bola.
Esteve ainda ligado a outras tarefas ou iniciativas de grande relevo. Intelectualmente notável, escreveu e publicou vários livros ligados ao futebol e a metodologias de treino. Esteve ligado à fundação do Sindicato de Treinadores de Futebol e à formação de treinadores e ainda foi político.
Cumpriu o seu grande desejo que era acabar a vida no jornalismo desportivo. E assim foi. Faleceu no dia 25 de Agosto de 1986, poucas horas depois de escrever para o Jornal A Bola a crónica do jogo entre o CF Belenenses e o Rio Ave FC referente ao Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1986/87.
Fernando Vaz, com Moniz Pereira como preparador físico, foi responsável por uma das melhores temporadas de sempre do Sporting CP, campeão nacional de 1969/70. Alem do título, a verdade é que a equipa leonina pratica um futebol espectacular e ganhou o Campeonato Nacional da 1ª Divisão com 8 pontos de vantagem sobre o SL Benfica, o eterno rival.
Nasceu no dia 5 de Agosto de 1918, em S. Paulo de Benguela, Angola, a colónia portuguesa onde seu pai, desde muito novo, desenvolveu uma actividade empresarial ligada ao comércio da borracha. Com apenas 16 anos de idade foi trabalhar para o Banco Lisboa & Açores, colocado no sector da correspondência com o estrangeiro, pois dominava bem o francês e o inglês. Já nesta altura, a paixão pelo futebol era patente em Fernando Vaz que desde muito novo jogou nas equipas casapianas.
As suas qualidades futebolísticas foram descobertas pelo técnico Artur John, um dos melhores treinadores a trabalhar em Portugal e com apenas 17 anos de idade integrou a equipa principal do Casa Pia AC, uma das mais poderosas formações do futebol português naquela altura.
Com apenas 22 anos de idade colocou um ponto final na carreira de futebolista, pois as exigências como empregado bancário aumentavam significativamente e conciliar o trabalho com o futebol era cada vez mais difícil. A grande fonte do saber, o mestre onde repetidamente buscava todos os ensinamentos, era o saudoso Cândido de Oliveira, personalidade com quem Fernando Vaz privava regularmente.
Aos 26 anos deixa o Banco e aventura-se no negócio, tornando-se gerente de uma casa comercial em Lisboa. Apenas dois anos depois o negócio faliu e Fernando Vaz perdeu o emprego. Nesta altura, já Fernando Vaz dava asas aos seus dotes de jornalista. Era colaborador e escrevia com regularidade na secção desportiva do Diário de Lisboa e na extinta revista desportiva Stadium.
Desempregado, Fernando Vaz é então convidado, em 1946, por Cândido de Oliveira para integrar o grupo de redactores do Jornal A Bola. Começa então a escrever nesse conceituado jornal desportivo onde chegaria, uns anos depois, a ser chefe de redacção.
A partir da temporada de 1947/48 abraça também a carreira de treinador. Cândido Oliveira reconhecia em Fernando Vaz a aptidão e capacidade necessária para treinar uma equipa de futebol do mais alto nível. Assumindo a função de treinador da equipa principal do Sporting CP, Cândido Oliveira convida o discípulo Fernando Vaz para ser seu adjunto e, simultaneamente, secretario técnico da equipa leonina.
Em Alvalade vive-se o período áureo da história do Sporting CP, a fase dos famosos cinco violinos, altura em que a equipa leonina vence os campeonatos nacionais de futebol de forma quase consecutiva.
Em 1947/48 e 1948/49, Fernando Vaz, como adjunto de Cândido de Oliveira vence consecutivamente o Campeonato Nacional da 1ª Divisão, juntando-lhe na primeira das referidas épocas, ainda, uma vitória na Taça de Portugal.
Os sucessos consecutivos no Sporting CP, com vários treinadores, abriram-lhe as portas de uma carreira a solo. A sua primeira experiência como treinador principal vai acontecer na época de 1951/52 quando é contratado pelo CF Belenenses para substituir o técnico Augusto Silva.
Ainda no final da temporada de 1951/52 o treinador Fernando Vaz vai assumir os destinos do Vitoria de Setúbal, naquela altura a militar na 2ª Divisão Nacional, com o objectivo de voltar ao primeiro escalão do futebol português. A Setúbal voltaria uns anos mais tarde, mas entretanto, voltou ao CF Belenenses para comandar a equipa no Campeonato Nacional da 1ª Divisão da temporada de 1952/53, classificando-se novamente com os mesmo pontos do FC Porto, mas agora com a equipa do Restelo no 3º lugar, enquanto a equipa nortenha ficou pela 4ª posição.
Fernando Vaz revelou sempre, ao longo de toda a carreira, ser um homem aliciado por novos projectos e grandes desafios. Nunca foi pessoa de se acomodar aos resultados ou estatutos alcançados. Guiou a modesta equipa do SC Braga a uma temporada de grande nível, terminando o Campeonato Nacional da 1ª Divisão em 5º lugar e exibindo um futebol espectacular.
Alem de um regular desempenho e grandes exibições, no SC Braga de 1953/54 destacam-se as goleadas, sensacionalmente, impostas ao SL Benfica por 5-0 e ao CF Belenenses por 7-0 na principal competição nacional. Com os êxitos a sucederem-se, logo surge uma nova oportunidade na sua carreira. Fundamental, novamente, o mestre Cândido de Oliveira, seleccionador nacional, que vai escolher Fernando Vaz para ser o treinador de campo da Selecção Nacional de Portugal.
Mais uma prova de confiança de Cândido Oliveira no seu discípulo predilecto. Em 1954/55 assumiu os destinos do FC Porto. Todavia, problemas internos obrigaram à sua saída no meio da temporada.
Entretanto, nessa época de 1954/55 o Vitoria SC é relegado à 2ª Divisão Nacional. Fernando Vaz, um estudioso do futebol, tinha na vertente psicológica, na forma como mentalizava e galvanizava os jogadores, um factor basilar em momentos de crise. Sabia construir muito bem as suas equipas, sempre pautadas por um futebol inteligente e apoiado no passe curto.
As suas equipas eram sempre muito racionais e meticulosas em todas as acções. Primavam por ocupar devidamente todo o terreno de jogo de modo a encurtar, o máximo possível, os espaços livres onde o adversário pudesse jogar. No CF Belenenses de 1958/59 fica no 3º lugar do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, para na época seguinte de 1959/60 regressar, finalmente, ao Sporting CP, agora na condição de treinador principal. O regresso de Fernando Vaz a Alvalade não foi, todavia, muito feliz.
A meio da temporada, depois de um empate em casa frente à Académica de Coimbra, o treinador foi demitido, numa altura em que nada estava decidido quanto à atribuição do título de campeão nacional. Foi substituído em Alvalade por Mário Imbelloni.
Dá-se depois o ingresso no Vitoria de Setúbal na época de 1964/65, clube onde permaneceu durante 5 temporadas consecutivas, tornando a equipa sadina numa das melhores de Portugal. No Campeonato Nacional da 1ª Divisão, o Vitoria de Setúbal nunca se classificou abaixo do 6º lugar, posição que obteve apenas na primeira temporã de Fernando Vaz em Setúbal.
Em 1968/69 foi o 4º colocado, enquanto nas épocas de 1965/66, 1966/67 e 1967/68 foi sempre o 5º classificado na principal competição portuguesa. Mas seria na Taça de Portugal que o Vitoria de Setúbal de Fernando Vaz se tornou verdadeiro especialista.
Nas quatros primeiras temporadas em Setúbal, entre a época de 1964/65 até 1967/68, o Vitoria de Setúbal chegou sempre a final da prova.
Perdeu em duas ocasiões, com o SC Braga, por 0-1 e com o FC Porto, por 2-1, mas venceu as inesquecíveis finais da Taça de Portugal das temporadas de 1964/65 e 1966/67.
Na primeira delas derrotou, surpreendentemente, o super favorito SL Benfica, por 3-1, enquanto que na época de 1966/67, o Vitoria de Setúbal derrotou a Académica de Coimbra, por 3-2. Esta notável historia que Fernando Vaz escreveu ao serviço do Vitoria de Setúbal ficou para sempre gravada nas épocas de ouro da popular equipa setubalense, de tal forma que, frequentemente, o técnico é alvo de várias homenagens, mesmo a título póstumo. Alem destas competições, o Vitoria de Setúbal de Fernando Vaz, teve ainda brilhantes presenças nas competições europeias de clubes e venceu troféus internacionais de grande relevo, como foi o caso, do Taça Costa Verde, em Gijon, Espanha, na época de 1964/65, a Taça Ibérica, em Badajoz, Espanha, e o conceituado Troféu Teresa Herrera, na Corunha, na temporada de 1967/68.
Também em 1967/68 a equipa setubalense venceu a Taça do Tejo, competição organizada pela A.F. de Lisboa e o Troféu Internacional Titanic, na Califórnia, Estados Unidos da América, na época de 1968/69.
Deixou Setúbal no final da época de 1968/69 para regressar novamente ao Sporting CP. Para isso, recusou propostas financeiramente bem mais vantajosas vindas de clubes espanhóis, que pretendiam contratar os serviços do técnico português, como eram o caso do Atlético Madrid, Valência FC, Valladolid, U. Las Palmas, Real Mallorca, Deportivo da Corunha e o Espanhol de Barcelona.
No Sporting CP conseguiu novamente títulos e finalmente, como treinador principal, conseguiu conquistar o ceptro de campeão nacional, vencendo o Campeonato Nacional da 1ª Divisão na época de 1969/70. Esta conquista era um feito deveras assinalável, pois raros eram os treinadores portugueses que tinham conseguido tal proeza.
Na época de 1976/77 volta a treinar o Vitoria de Setúbal, conseguindo mais uma meritória classificação para a equipa setubalense com um 6º lugar na classificação geral. Ainda inicia a temporada de 1977/78 à frente dos destinos da formação sadina, mas devido aos maus resultados foi substituído por Carlos Cardoso.
Permanece à frente dos destinos da equipa madeirense no início da temporada de 1978/79, mas acaba por ceder o seu lugar a Manuel Oliveira no decurso da época.
Com saída do CS Marítimo encerra a carreira de treinador de futebol e volta-se então, novamente, a tempo inteiro, para o jornalismo, ingressando outra vez no Jornal A Bola.
Esteve ainda ligado a outras tarefas ou iniciativas de grande relevo. Intelectualmente notável, escreveu e publicou vários livros ligados ao futebol e a metodologias de treino. Esteve ligado à fundação do Sindicato de Treinadores de Futebol e à formação de treinadores e ainda foi político.
Cumpriu o seu grande desejo que era acabar a vida no jornalismo desportivo. E assim foi. Faleceu no dia 25 de Agosto de 1986, poucas horas depois de escrever para o Jornal A Bola a crónica do jogo entre o CF Belenenses e o Rio Ave FC referente ao Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1986/87.
Fernando Vaz, com Moniz Pereira como preparador físico, foi responsável por uma das melhores temporadas de sempre do Sporting CP, campeão nacional de 1969/70. Alem do título, a verdade é que a equipa leonina pratica um futebol espectacular e ganhou o Campeonato Nacional da 1ª Divisão com 8 pontos de vantagem sobre o SL Benfica, o eterno rival.