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Tras el fracaso de Paços de Ferreira, el análisis -siempre tan interesante- de Pedro Ribeiro

20 sept 2010

BRAGA / VIGO ( É BRAGA!! - Redacción ) Una semana más, ofrecemos el siempre atinado comentario - análisis del gran braguista Pedro Ribeiro, otro de los integrantes del forum de Superbraga.com
Este es su enfoque de lo sucedido en Paços de Ferreira, donde el Braga dejó marchar dos puntos que tenía en el bolsillo...
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"Este resultado é preocupante... porque, da forma como foi cedido, é mais um golpe psicológico sobre a equipa. Uma vitória, mesmo que com uma exibição pouco conseguida, serviria para deitar para trás das costas o descalabro de quarta-feira passada, tranquilizar a equipa e encarar o resto da Liga com normalidade. Este resultado aliado a uma exibição bastante fraca contribuiu pelo contrário para adensar o cepticismo em relação à equipa e lançar a dúvida sobre as suas reais capacidades.

Friamente, não é razão para desespero. Se vencermos em casa a Naval, na próxima sexta-feira, teremos exactamente os mesmos pontos da época passada frente aos mesmos adversários. Mas isto não pode fazer com que esqueçamos que há muitas coisas que não estão a funcionar bem. Antes de mais, a segurança defensiva. Salvo erro, na época passada, nunca permitimos a reviravolta no marcador quando em situação de vantagem. Nesta temporada, é já evidente a nossa incapacidade para gerir as vantagens no marcador. Celtic, Porto e Paços de Ferreira são disso exemplos. E mesmo em Sevilha, permitimos o empate depois de estarmos a vencer por dois golos. Fora de casa, "apenas" conseguimos vencer em Sevilha. Estamos a sofrer bastantes mais golos - e isso, a meu ver não tem apenas (nem sequer fundamentalmente) a ver com a linha defensiva, mas com o nosso meio-campo.

Hoje, fomos completamente dominados em toda a segunda parte. Mais: chegámos ao 2-0 sem ter feito grande coisa por isso. Mesmo assim, não soubemos guardar a preciosa vantagem - que era fundamental. Factor físico? Pode ser que houvesse algum peso mas não me parece que tenha sido o fundamental. Aceitar esta ideia equivaleria a dizer que até ao 2-0 estivemos muito bem. E não é verdade. Fomos fundamentalmente eficazes, sem nos termos superiorizado em jogo jogado ao Paços de Ferreira. E é sobre isto que há que trabalhar e não pura e simplesmente atribuir o que funciona mal ao factor físico ou a factores psicológicos - ainda que, haja que o dizer, na segunda parte, sobretudo após o 2-1 veio à superfície em alguns jogadores alguma intranquilidade - a vontade de se desfazerem da bola a todo o custo, o despachar em chutão foram disso evidências. Mas não se pode negar a descoordenação que se nota no nosso meio-campo.

Hoje, Domingos voltou a não estar bem nas substituições, em particular na entrada de Hugo Viana. Faltava frescura física e nervo em campo, coisas que Viana não pode dar (e depressa se viu). Havia Madrid no banco que, mesmo não estando no seu melhor, certamente poderia dar outro contributo ao jogo, naquele momento. Em alternativa, o lançamento de um avançado com capacidade para levar a bola para o meio-campo contrário, capaz de incomodar os centrais adversários e dividir com eles as bolas. O ideal, em minha opinião, seria Elton que, surpreendentemente, nem no banco se encontrava.

É preciso agora cabeça fria. Há que sublinhar a ideia de que três pontos frente à Naval nos colocam ao mesmo nível da Liga da temporada passada. E trabalhar muito na coordenação entre sectores e na(re)integração de jogadores que podem dar contributos válidos (Madrid, Custódio, Viana, Mossoró). E sobretudo, desmistificar a ideia de que somos candidatos ao título. Durante umas semanas vivemos inchados com os elogios da imprensa que afirmava à boca cheia que o Braga seria evidentemente um candidato ao título. Ora nunca houve entre nós nenhum outsider que tenha lutado efectivamente pelo título assumindo-se como tal desde o início. É demasiado cedo para isso. Domingos e os restantes responsáveis foram demasiado tímidos a afastarem de nós esse sedutor cálice. Deixaram que a ilusão se apoderasse deles. É necessário refocar as atenções para aquele que é verdadeiramente o nosso objectivo principal: garantir o quarto lugar na Liga. Isto não significa que se desista de objectivos mais altos; significa apenas que só poderemos almejar mais no momento em que garantirmos este desiderato. De outra forma, poderemos correr o risco de permitir que se instale entre a equipa e os adeptos um sentimento de negativismo e frustração que inevitavelmente criaria dificuldades acrescidas.

Todos devemos aprender as lições dos últimos jogos, treinador incluído. Não se pode dizer que a intranquilidade dos jogadores determinou o empate. Isso equivaleria a dizer que até ao 2-0 estávamos a jogar bem. E claramente não estávamos. Há deficiências na nossa organização defensiva e que a meu ver não têm fundamentalmente a ver com a linha defensiva mas sobretudo com o posicionamento e o trabalho do meio-campo. Vandinho não tem sido a âncora que antes fora; Aguiar (a subir de forma) tem sido mais um segundo avançado do que um médio; os alas não têm apoiado tão bem como antes em momento defensivo. Para além disso, temos tido pouca capacidade para ter bola. A predilecção pelas transições rápidas não pode significar desistir de termos bola. É preciso tê-la de outra forma expomos a nossa defensiva a trabalhos dobrados. Podemos, por exemplo, treinar muito bem as bolas paradas defensivas, mas é natural que se concedermos vinte oportunidades ao adversário, ele nos consiga bater em pelo menos uma delas.

Enfim, todos estamos um pouco desiludidos. A chegada à fase de grupos da LC e os elogios da imprensa iludiram-nos a todos e daí este sentimento amargo ao percebermos que estamos aquém daquilo que se dizia. Temos de fazer disto um incentivo para melhorarmos. Se nos deixarmos vencer pelo desânimo, adeptos incluídos, poderemos entrar numa espiral negativa que ninguém deseja. Volto a repetir, os nossos objectivos estão intactos e este comportamento na Liga não é substancialmente diferente do da época passada..."

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